Agricultura
familiar sustentável e não sustentada, embora a mídia mascare e dê
uma cara, digamos “bonitinha” ao agronegócio, não de interesse
das grandes multinacionais, que sejamos agroecológicos nem
sustentáveis, ou mesmo autossustentáveis, porque, assim viveríamos
presos a eles, ficaríamos presos ao uso de suas sementes
transgênicas, e consequentemente ao uso de agrotóxicos e insumos
químicos produzidos pela mesma produtora das sementes, Engraçado,
não é? E dessa forma cada vez mais acabaríamos seríamos
endividados, manipulados e oprimidos graças ao agronegócio, dizem
que não, mas nos dão falsas expectativas de vida, contaminam nossas
águas, destroem nossos solos, abocanham nossas terras e querem
privatizar nossas sementes, aliás, querem privatizar tudo hoje dia.
A
nossa agricultura manifesta-se, sem dúvida, na estreita relação do
homem com natureza, com forte sentimento, que dizemos ser de
pertencimento e de cuidado, de cuidado... com a vida. A agroecologia,
o cuidado com a natureza deve partir de todos, precisamos e devemos
viver em equilíbrio, emocional, físico, espiritual e por que não
com a natureza? Vou explicar...O desequilíbrio ambiental e
nutricional e é claro o uso de agrotóxicos e insumos químicos,
causam as pragas e doenças nas plantas. E nosso desequilíbrio
físico, biológico e emocional causam as doenças do corpo e as
pragas da alma, porque quando levamos uma vida que não traz sentido
para o que nós fazemos, nossa tendência é adoecer. Então por que
não ficarmos em equilíbrio com nossos sistemas e ecossistemas para
vivermos melhor?
Umas
das melhores formas de fazer diferente, tornar nossas vidas melhores,
e acreditamos nisso. Acreditamos que democratizar o acesso aos
diferentes níveis de ensino possa melhorar nossa qualidade de vida.
Democratizar não é dizer que está tudo liberado para todos, mas
sim, de dar condições necessárias para que o todo possa chegar a
esse propósito. Temos a esperança de que, através de uma educação
pública de qualidade, acolhedora e significativa para as camadas
mais pobres da sociedade, para negros, campesinos, quilombolas e
indígenas, assim possamos amenizar a desigualdade social, possamos
formar cidadãos mais conscientes de si, e dos outros.
A
Educação do Campo só foi possível graças à resistência e luta
dos Movimentos Sociais, então temos muito a agradecer a eles, que
lutam não só por uma educação diferenciada e significativa do
Campo, pelo acesso de pobres nas universidades, e também luta pela
reforma agrária, luta pela soberania alimentar, o que possibilita ao
povo campesino melhorar a qualidade de vida, e uma maior aproximação
com a natureza e diversidade dos métodos agroecológicos. A educação
do campo tem o objetivo de levar para ao campo uma educação que
faça sentido às pessoas que lá vivem, buscamos integrar a “verdade
científica” com o saber popular tradicional.
Portanto,
vamos agir conscientes com nós mesmo, com os outros, não estamos
nessa vida sozinhos. Somente através da cooperação do todo,
possamos construir um futuro melhor, então semeie vida. Vou terminar
este texto com uma frase do livro “Provérbios” de Carolina Maria
de Jesus, que diz, “Assim como a terra multiplica as sementes, o
homem deve multiplicar as suas belas ações.